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Cunha abriu impeachment após sinais de investida de Janot contra ele no STF

  • infodiario
  • 4 de dez. de 2015
  • 2 min de leitura

Eduardo Cunha decidiu deflagrar o impeachment depois de também detectar sinais de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, poderia pedir ainda nesta semana ao STF (Supremo Tribunal Federal) o afastamento dele da presidência da Câmara dos Deputados.


ALGEMA

Cunha acha que agora Janot fica de mãos atadas. Qualquer movimento do procurador-geral poderia voltar a ser classificado pelo presidente da Câmara como iniciativa pró-governo, para livrar Dilma Rousseff do processo de impeachment.


TÃO BONZINHO

Cunha se considerou ludibriado pelo governo. Ele acha que o ministro Jaques Wagner, da Casa Civil, sempre soube que os parlamentares do PT votariam pela abertura do processo de cassação dele. Mas fingia tentar convencê-los apenas para ganhar tempo.


TÃO BOAZINHA

Um dos ministros mais próximos de Dilma confirma à coluna que a suspeita de Cunha de que foi "enrolado" tem base na realidade. "O governo precisava empurrar e evitar que ele abrisse o impeachment antes da quarta-feira [dia 2], para ter tempo de aprovar a mudança na meta fiscal, afirma. Apesar de divergências internas no governo, "a Dilma nunca quis negociar com ele", afirma o mesmo ministro.


DOCE ILUSÃO

Um aliado de Cunha admite que o presidente da Câmara, nesse sentido, "vacilou". "Ele queria propor a abertura do impeachment na terça, mas decidiu esperar mais um dia na esperança de que Jaques Wagner virasse os votos do PT" na Comissão de Ética que vai julgá-lo.


TIRO CERTO

Num segundo momento, já desconfiado de que Wagner estava só ganhando tempo, Cunha refez o calendário. Decidiu revelar a decisão de dar seguimento ao impeachment com exclusividade a uma revista semanal e fazer o anúncio oficial na próxima segunda (7). A entrevista dos deputados do PT anunciando que votariam contra ele, no entanto, precipitou o anúncio de andamento do processo contra Dilma.


PADRINHO

Eduardo Cunha acredita que, num eventual governo de Michel Temer, poderá, com as bênçãos dele, refazer acordos na Câmara e escapar da cassação.


AGORA OU NUNCA

Dois raciocínios levaram o governo a aceitar, como queria o PT, o enfrentamento com Cunha: a convicção de que o presidente da Câmara voltaria a ameaçar Dilma no futuro e a certeza de que a crise econômica vai se agravar em 2016. "Agora há chance de escapar do impeachment. Com a crise que se prevê no próximo ano, evitar a saída da presidente seria missão quase impossível", diz um senador da sigla.


TROPA UNIDA

O governo convocou uma tropa de grandes juristas para uma reunião em Brasília na segunda (7). Vão discutir respostas jurídicas ao pedido de impeachment de Dilma.


PADRINHO 2

Há no Senado enorme tensão, até na oposição, com a possibilidade de o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), ser tragado de vez pela Operação Lava Jato. O STF já abriu inquérito para investigá-lo.


TSUNAMI

Para piorar o clima, há rumores em Brasília de que a força-tarefa da Lava Jato prepara ação de grande impacto para antes do Natal.


Fonte: UOL

 
 
 

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