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'Dívida deixou de ser problema no Fla', diz Bandeira em busca de reeleição

  • infodiario
  • 4 de dez. de 2015
  • 5 min de leitura

O UOL Esporte encerra nesta sexta-feira (4) a série de entrevistas com os presidenciáveis do Flamengo. Candidato à reeleição pela Chapa Azul, Eduardo Bandeira de Mello recebeu a reportagem na sede da Gávea e afirmou que a dívida deixou de ser problema no Rubro-negro.


Em quase uma hora de conversa, o mandatário admitiu os erros no futebol e garantiu que o carro-chefe do clube mais popular do país será a prioridade da gestão caso seja confirmado o segundo mandato no dia 7 de dezembro.


Bandeira também respondeu acusações da oposição, principalmente de Wallim Vasconcellos, ex-aliado e postulante ao cargo pela Chapa Verde. Os dois eCacau Cotta, da Chapa Branca, são os candidatos na eleição mais comentada dos últimos anos no Flamengo.


Confira a entrevista com Bandeira de Mello:


UOL Esporte: Qual o principal problema do Flamengo hoje?

Bandeira de Mello: É o futebol. A dívida deixou de ser problema no Flamengo. Nossa dívida foi diminuída, equacionada e perdeu a expressão que tinha. Podemos nos voltar para o futebol, que é a atividade fim do Flamengo. Reconheço que estamos devendo. A nossa situação financeira caminha para a estabilização. Precisamos investir na qualificação do time, em infraestrutura, excelência em performance e nas categorias de base. O segundo mandato será uma continuidade do primeiro, mas com possibilidades de satisfazer os anseios da torcida no futebol.


UOL Esporte: O discurso de priorizar as finanças aparecerá cada vez menos?

Bandeira de Mello: Pagar dívida e recuperar o clube no ponto de vista ético é uma obrigação. Foi algo que cumprimos. O Flamengo está de volta aos trilhos. Chega um momento em que você não precisa falar mais de um problema equacionado. O futebol sempre foi a meta de todos. O esforço foi feito no sentido de viabilizar os investimentos. O objetivo é voltar a ter alegrias e até ser campeão do mundo.


UOL Esporte: A dívida do Flamengo era realmente de R$ 750 milhões em 2013?


A oposição contesta e alega que a administração troca dívida pública por privada...

Bandeira de Mello: Não existe essa coisa de trocar dívida pública por privada. Quem tem dívida pública são os governos. O que se chamava dívida pública no Flamengo era a questão com a Fazenda Nacional. Isso foi acumulado através de sonegação e apropriação indébita. A única maneira de aumentar o que chamam de dívida pública é sonegando e se apropriando do que não é seu. Isso é crime. O que fizemos foi pagar a dívida tributária depois de um acordo dramático com a Procuradoria da Fazenda Nacional. Pagamos tudo religiosamente. Só que para pagar 100% do comprometido é preciso captar empréstimos e fazer adiantamentos para o fluxo de caixa. Se você paga R$ 100 milhões de uma dívida tributária e precisa captar R$ 20 milhões em empréstimo, não tem problema nenhum. Reduzimos R$ 80 milhões em dívidas neste caso específico. Não há possibilidade de aumentar o que chamam de dívida pública. Isso só foi feito no passado e em alguns clubes do futebol brasileiro. A nossa dívida era de R$ 750 milhões e fechará o ano inferior a R$ 500 milhões com a adesão ao Profut (Programa de modernização da gestão e de responsabilidade fiscal do futebol brasileiro). Tivemos um cancelamento de R$ 90 milhões por isso. A previsão é de que continue reduzindo nos próximos três anos. Pode levar 20 anos para ser paga, mas o importante é que deixou de ser um problema e notícia. Dívida não é mais notícia no Flamengo.


UOL Esporte: O Flamengo de hoje aparentemente é um clube desunido. Conversamos com o candidato Wallim Vasconcellos, que deixou claro não ter vontade de reunificar as chapas Azul e Verde após a eleição e também não cogita qualquer tipo de relação com o senhor. O que pensa sobre isso?

Bandeira de Mello: É uma decisão dele. O que fazer? Não houve acordo nenhum para que eu não concorresse à reeleição. Quem diz isso está mentindo. Mas não invalida a possibilidade de ele concorrer. Eleição é democracia. Sou obrigado a dizer que este tal acordo é uma mentira.


UOL Esporte: O Wallim também afirmou que algumas pessoas da Chapa Azul ameaçaram romper a política de austeridade na época da demissão do técnico Mano Menezes. Isso é verdade?

Bandeira de Mello: É um absurdo. A política de responsabilidade fiscal é fundamental. Fez parte do meu discurso de posse e jamais seria contra isso. Mais uma vez tenho que conviver com a mentira. Duvido que pessoas íntegras da nossa chapa fossem contra isso. Temos vivência nas áreas empresarial e bancária. Sabemos que qualquer desvio não teria efeito positivo. É mais uma questão lançada com objetivo eleitoral. Quem me conhece sabe como costumo agir. O Flamengo não precisa desse tipo de coisa, mas infelizmente temos uma campanha de invenções e mentiras.


UOL Esporte: O candidato Wallim acusa integrantes da Chapa Azul de vazarem o áudio no qual ofende parte da classe dos jornalistas esportivos...

Bandeira de Mello: Como faríamos isso? Estava circulando nas redes sociais. Ele deveria se preocupar com o conteúdo do áudio, não com a maneira como a gravação chegou na imprensa. O conteúdo do áudio é bastante grave.


UOL Esporte: O Conselho Gestor do futebol será mantido? Acha que as decisões em conjunto atrapalham as ações no mercado pela velocidade atual?

Bandeira de Mello: Isso não existe. O Conselho Gestor foi uma figura criada pelo ex-técnico Vanderlei Luxemburgo em uma entrevista de demissão. O que existe é um comitê de futebol, da mesma forma que existem diversos comitês no Flamengo. É algo para lidar no plano estratégico. O dia a dia não tem nada a ver com isso. Evidente que se for a contratação do Guerrero, algo que envolva uma soma considerável, não deixaremos ficar na mão de apenas uma pessoa. Seria uma irresponsabilidade. A renovação de contrato do jogador fulano nem chega ao conselho do futebol. Vai continuar funcionando desta forma em um segundo mandato. O que não pode é o torcedor achar que o Rodrigo Caetano (diretor executivo de futebol) não manda nada, pois é impedido pelo tal Conselho Gestor. É extremamente falsa essa afirmação. Tanto que ele continuará conosco. O Fred Luz (diretor geral) também.


UOL Esporte: Os seus opositores o acusam de se esconder nos momentos delicados do futebol. Concorda com isso? Acha que pode aparecer mais em um possível segundo mandato?

Bandeira de Mello: Temos uma governança que funciona perfeitamente. Em alguns casos é necessária a figura do presidente do Flamengo, já em outros casos existe o processo de delegação de confiança das pessoas que cuidam das áreas do clube. É engraçado que os meus adversários também me acusam de ser personalista e de decidir tudo sozinho. Eles precisam resolver o que sou. Acho que a maior parte da torcida está satisfeita e concorda com a reeleição.


Fonte: UOL

 
 
 

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