Balada, sexo e aditivos: uma mistura explosiva!
- infodiario
- 7 de ago. de 2015
- 3 min de leitura

Baladas têm se tornado lugares em que música, beijo na boca, sexo, álcool e drogas se misturam cada vez mais intensamente.
E isso requer um olhar mais cuidadoso e aprofundado de quem quer viver bem essa história. Vamos a ele:
Os aditivos e o prazer – Álcool e drogas parecem formar um trio perfeito com baladas, na visão de muitas pessoas. No entanto, o uso desses aditivos para turbinar a festa pode comprometer não só a saúde, mas também o prazer de estar a dois. Explico melhor, e retomo algo que já comentei em nossas colunas por aqui, sobre as sensações eróticas: quando álcool e drogas entram no corpo feminino ou masculino, eles bagunçam os nossos sentidos de prazer. O álcool em excesso causa um efeito como de amortecimento e os toques, carícias e estímulos eróticos dos mais variados demoram a surtir sensações de prazer. As drogas, se forem daquelas que relaxam muito, como a maconha, causam efeito similar ao álcool. Se forem daquelas que estimulam e agitam muito, aumentam os níveis de ansiedade. E é justamente a ansiedade em excesso que provoca danos ao desempenho erótico, entre eles dificuldade de ter e de manter a ereção e de controlar a ejaculação. Isso para os homens. Para as mulheres, pode elevar o grau de tensão e provocar a dificuldade de obter orgasmo. Ou seja, prazer erótico definitivamente não combina com álcool e drogas. É um mito pensar o contrário disso.
A falta de noção e a saúde sexual – O trio balada, álcool e drogas também pode complicar, por exemplo, o uso de camisinha. Ocorre assim: a pessoa até sai de casa com a ideia de usar preservativo caso role algo mais íntimo. E se programa: compra camisinhas bacanas, deixa tudo no jeito. Mas... fica louca de álcool e drogas. Se o clima erótico esquenta, e a pessoa já perdeu bastante da noção de si mesma por conta dos aditivos variados, aí a coisa complica. No dia seguinte, é comum não saber se vestiu direito a camisinha, se ela ficou certinha até o final da transa, se ela não estourou ou se perdeu dentro da vagina durante a penetração, ou nem mesmo se chegaram a usar o preservativo. É uma falta de memória gigante. E de noção do que rolou. Ou seja, a saúde sexual corre risco, e dos grandes. Como de se infectar com alguma doença sexualmente transmissível, como a aids, o HPV (Papiloma Vírus Humano), ou outra do tipo. Definitivamente, mais uma vez, não vale a pena apostar no trio balada, álcool e drogas. Além de o prazer ser comprometido, a saúde também fica na corda bamba.
Os sentimentos de verdade – O que cada pessoa busca para si mesma quando o assunto é envolvimento amoroso e sexual? Muitas vezes a gente quer troca de afeto e vínculo, e se contenta com um ou dois segundos de prazer. Ok, cada um tem o direito de viver a vida amorosa e sexual da forma como for possível e preferir. Mas um pouco de cautela e de valorização de si e dos próprios sentimentos não faz mal a ninguém, não é mesmo? Será que não dá mesmo para a gente começar a virar esse jogo do prazer ao nosso favor? Pode ser uma postura mais interessante tentar abrir espaço para escolhas amorosas mais de acordo com o que cada pessoa busca para si (e isso inclui a pessoa com quem você vai só beijar, ou topar coisas mais quentes, ou transar). Vale tentar
A insegurança que bate – É natural querer fazer as coisas do jeito que o restante do grupo faz. Ainda mais quando a pessoa se sente insegura com algo em relação a si mesma: o jeito de ser, de lidar com quem está em volta, de paquerar, de ficar, de namorar. Mas, mesmo com toda a insegurança, é importante lutar por fazer as coisas com a própria cabeça, de acordo com as próprias ideias. Isso é sinal de amadurecimento e de capacidade de lutar com mais vigor pelos próprios desejos e prazeres. E aqui se encaixa a escolha, por exemplo, de curtir a festa do seu jeito. Talvez desmontando o trio balada, álcool e drogas. E ficando apenas com a parte realmente boa, prazerosa e saudável dessa história toda. Fica a dica! Que tal se encorajar e ser mais você? Tenha a certeza de que isso vale muito a pena...
Fonte: lauramuller.com.br
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