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Não é perfil de Temer desembarcar do governo, diz Edinho Silva

  • infodiario
  • 5 de dez. de 2015
  • 3 min de leitura

"Não é perfil do vice-presidente Michel Temer desembarcar do governo". A frase do ministro Edinho Silva (Comunicação Social) reflete o recado que o governo Dilma quer mandar ao vice, cada vez mais distante do Planalto desde que foi deflagrado o pedido impeachment.


Minutos depois de confirmado o pedido de demissão do ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), Edinho concedeu entrevista em que negou desembarque em série do PMDB do governo e confiou a Temer a missão de "unificar" o partido aliado, afirmando que a chapa Dilma-Temer "é até 2018".


Folha - Qual a avaliação do governo sobre o posicionamento do PMDB, considerado o fiel da balança no processo de impeachment de Dilma?


Edinho Silva - O PMDB é um partido fundamental na coalizão do governo da presidente Dilma. É um partido que tem responsabilidade no governo e na governabilidade. Tem sete ministérios importantes para a condução das políticas públicas, tem o vice-presidente da República, Michel Temer, que, até o momento, tem se mostrado extremamente leal e comprometido com a governabilidade. Temer tem adotado uma postura colaborativa, teve papel importante nas vitórias que tivemos no Congresso e tem ajudado muito no diálogo com as forças política.


Não foi um erro deixar que Temer se distanciasse da articulação política após a aprovação da primeira fase do ajuste fiscal?


Penso que ele não se afastou. Ele disse a mim que continuaria cumprindo um papel na articulação política, mas seriam missões específicas construídas junto com a presidente Dilma. E tem sido assim.


O vice tem se esquivado de fazer uma defesa do governo diante do impeachment. Qual é o papel que o governo espera do Temer agora?


O papel dele será o de alguém que tem opiniões e leituras importantes e sempre se move pensando nos interesses do país e de forma muito colaborativa com a presidente. Temer é hoje uma figura importante na construção da unidade política do PMDB e do diálogo com setores da oposição. Penso que ele vai continuar colaborando com a governabilidade.


O braço direito de Temer, o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), pediu demissão. Não é um desembarque do PMDB?


Se essa saída não for algo reversível, penso que é uma perda muito grande, porque o ministro Eliseu Padilha, além de um quadro gestor, é um exímio articulador político, com rara habilidade. Vamos perder uma figura importante no dia a dia do governo.


Mas o senhor não teme que seja um desembarque do PMDB?


Acredito que não. Como eu disse, o elemento unificador do PMDB é o vice A chapa Dilma e Temer é até 2018, portanto, mais do que uma aliança política, que é nítida e sólida, há uma questão institucional. O vice é uma instituição da República. Não tem como haver um descolamento ou um desembarque. Não é perfil do vice-presidente Michel Temer desembarcar do governo.


O impeachment, além de uma questão jurídica, é também político. Qual vai ser a estratégia da presidente para conquistar apoio político e social com os índices de popularidade do governo tão baixos e base no Congresso fragilizada?


O impeachment é um processo jurídico. Você não pode provocar uma ruptura institucional em um país com uma justificativa política, por conta de uma crise política que você supera com negociação e com construção de uma agenda nacional que unifique o país. A presidente Dilma tem dito que o modelo do Estado brasileiro, que garantiu vitórias sociais e democráticas importantes, precisa ser reformado.


Mas a presidente não conseguiu fazer reformas estruturantes até agora. É durante o processo de impeachment que vai conseguir?


Se olharmos a história brasileira, foi nos momentos de crise que conseguimos repactuar a sociedade para a superação da exclusão social, a criação e fortalecimento de uma moeda, a reforma constitucional de 1988. Estamos em um momento em que precisamos construir uma agenda que dialogue com a base de apoio e com os setores da oposição que têm preocupação com o país.


Como acelerar a votação do impeachment, como quer o governo, com o recesso a ser iniciado em 23 de dezembro?


O Congresso é movido pelo seu regimento interno. Se não me engano, enquanto a LDO não for votada, não tem recesso parlamentar. O recesso tem uma determinação regimental, mas o Congresso pode ser convocado extraordinariamente tanto pelo presidente do Congresso como pela própria presidente da República.


Fonte: UOL


 
 
 

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