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Do Exército a prêmios de R$ 1.000, cidades se armam contra a dengue

  • infodiario
  • 19 de jan. de 2016
  • 3 min de leitura

Recompensas de até R$ 1.000, uso de drones e auxílio do Exército e da Polícia Militar. Com o avanço do número de casos de dengue, zika e febre chikungunya, Estados e municípios recorrem como podem a estratégias para combater o mosquito Aedes aegypti neste verão.


Em Castilho (a 645 km de São Paulo), serão sorteados prêmios de R$ 300 a moradores que, por dez meses seguidos, não tenham focos do mosquito em suas casas.


Desde 2015, a prefeitura já adotava a prática de dar notas (verde, amarelo ou vermelho) aos moradores conforme a avaliação dos agentes de saúde, o que fez com que o número de casos despencasse de 30,2 por mil habitantes em 2013 para 2,6 em 2014.


Mas, por estar em uma região que concentra muitos casos da doença, a ideia foi reforçar a prevenção com dinheiro. "A população está adorando. Fica aquela disputa para ter notas verdes", diz o prefeito em exercício, Paulo Boaventura (PRB).


No Nordeste, onde houve explosão de casos de microcefalia associados ao vírus zika, a Igreja Católica, que integra uma força-tarefa criada para enfrentar o mosquito, também apelou ao dinheiro.


A CNBB Nordeste 2, que abrange os Estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, vai premiar a ação de combate mais criativa com R$ 1.000.

Já o uso de aplicativos que permitem enviar fotos e denunciar possíveis criadouros foi adotada em cidades como São Miguel (RN), com 23 mil habitantes, e em capitais, como Curitiba (PR) –com 1,7 milhão de moradores.


Paulista (PE) criou o aplicativo "Xô Aedes". "O diferencial é o georreferenciamento. Por telefone, a gente precisa procurar o local. O aplicativo diminui o tempo de resposta e o cidadão pode monitorar", diz a secretária de Saúde, Fabiana Bernart.


O uso de drones –para identificar possíveis focos e para a aplicação do larvicida– também se espalha. Desde 2015 é usado em municípios paulistas, em Santa Catarina e agora no Nordeste.


Recife, recordista em casos de microcefalia, está testando o uso das pequenas aeronaves não tripuladas.


João Pessoa (PB) utiliza um drone para identificar focos. "Temos apenas um equipamento", diz Silvio Ribeiro, diretor de Vigilância em Saúde da prefeitura, "mas a ideia é que ele passe por todos os bairros em até 60 dias".


SOLDADOS


O governo de São Paulo colocou cerca de mil PMs, que atuarão nas folgas, para localizar criadouros do mosquito em 15 cidades. A tarefa cabe aos agentes de combate a endemias, mas muitos lugares, como Campinas, reduziram os funcionários.


O Ministério da Saúde recomenda um agente para cada mil domicílios em caso de infestação, mas a cidade tem apenas um para cada 3.503.


O Exército também foi às ruas em sete Estados (São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Acre e Paraíba) e no Distrito Federal.


Na capital paulista, nesta segunda (18), cerca de cem soldados foram às ruas das zonas norte e oeste.


Para o virologista e professor da UFBA (Universidade Federal da Bahia) Gubio Soares, um dos primeiros a identificar o vírus zika no Brasil, o "uso de aplicativos e drones é interessante, mas o que você precisa mesmo é de agentes de saúde. Sem isso, você identifica, mas não resolve o problema", afirma.


O país sofre com epidemias de dengue desde 1986. O mosquito chegou a ser erradicado nos anos 1950, como parte de medidas de contenção da febre amarela, mas o vetor retornou anos depois.


Em 2015, o Brasil registrou 1,6 milhão de casos de dengue. Foi o maior número de registros desde 1990.


Fonte: UOL


 
 
 

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