Turismo na Argentina fica mais caro com real desvalorizado
- infodiario
- 25 de jan. de 2016
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"Uma lembrancinha de dançarinos de tango do tamanho do polegar está R$ 50." Assim a brasileira Paloma Rocha, 23 anos, resume a situação dos preços na Argentina.
A desvalorização do real e a inflação dos últimos anos no país vizinho –na cidade de Buenos Aires, ela atingiu 26,9% em 2015, segundo a Prefeitura– tornaram o destino caro para os brasileiros.
Os preços dos alimentos estão em média 30% mais altos na Argentina do que no Brasil. Hotéis e restaurantes custam até 20% mais, segundo a consultoria Abeceb.
A escalada dos preços começou em 2007, quando a inflação passou a ultrapassar a barreira dos 10%. Três anos depois, a valorização artificial do peso fez com que o país ficasse caro para aqueles que chegam com dólares.
Para os brasileiros, o cenário piorou em 2015, com a desvalorização do real.
"No Brasil, o dólar ficou muito tempo entre R$ 2 e R$ 3. Esse câmbio tornava a Argentina mais acessível. Agora o panorama é outro", afirma o economista-chefe da consultoria Ecolatina, Lorenzo Sigaut Gravina.
O consultor de projetos Sady Fauth Junior, 37, esteve na Argentina pela primeira vez em 2012 e voltou em agosto de 2015 para morar.
Segundo o brasileiro, um almoço que custaria cerca de R$ 25 em Brasília sai o equivalente a R$ 40 em Buenos Aires. "Não está compensando viver aqui se você depender do real. Os preços aumentam toda semana", diz.
A inflação se acelerou ainda mais nos últimos 50 dias em decorrência da desvalorização de aproximadamente 40% do peso promovida pelo governo do novo presidente, Mauricio Macri.
Apenas em dezembro, os preços na capital aumentaram em média 3,9% –a taxa mais elevada para um mês em quase dois anos. As carnes subiram 14,2% e os medicamentos, 18,8%.
Fonte: UOL
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