Na reta final da preparação para 2016, equipes dão dicas sobre novos carros

Os rumores são muitos. As informações, escassas. O ano só está começando, mas as equipes de Fórmula 1 já trabalham na finalização de seus carros para 2016. Porém, como ninguém quer dar pistas para os rivais, pouco se sabe sobre os carros que irão para a pista pela primeira vez dia 22 de fevereiro, em Barcelona, na Espanha, no primeiro dia de testes da pré-temporada.

Em um ano de poucas mudanças no regulamento, o grande mistério é a Red Bull, que mexeu muito pouco em seu carro no segundo semestre de 2015 e deu poucas pistas do que estaria por vir.

Confira o que se sabe sobre os carros de 2016:

Mercedes: Ainda no penúltimo GP da temporada passada, em Interlagos, a Mercedes testou uma elevação na parte da frente do chassi, visando aumentar o fluxo de ar na parte debaixo do carro. A 'lombada' que foi testada visava determinar se a alteração também afetaria a visibilidade do piloto, fazendo com que seu posicionamento dentro do carro tivesse que 'subir'.

Ferrari: Utilizando o tempo extra de túnel de vento a que teve direito em 2015 devido à polêmica parceria com a nova equipe Haas - algo que não será mais permitido daqui em diante após reclamação fornal da Mercedes - a Ferrari estaria prestes a fazer uma importante mudança no posicionamento dos braços de sua suspensão, abandonando a chamada pullrod para adotar a pushrod. Isso permitiria que a Scuderia usasse um bico mais curto, tendência adotada por todos os rivais no grid e que geraria algo em torno de 0s2 por volta. Devido à geometria da suspensão pullrod, essa alteração não foi possível no carro do ano passado.

Williams: A promessa do chefe de performance Rob Smedley é de "um carro completamente diferente". O principal desafio da equipe é ganhar mais eficiência aerodinâmica, mesmo que isso signifique aumentar o arrasto do carro, o que diminuiria a velocidade final, mas melhoraria a estabilidade nas curvas. Uma das possibilidades é a adoção de um bico ainda mais curto, nos moldes da Mercedes.

McLaren: Será o primeiro carro projetado por Peter Prodromou, ex-chefe de aerodinâmica da Red Bull. Os conceitos que estrearam em 2015, como a mini-traseira, devem continuar e a grande aposta da equipe é na melhora do motor Honda, que deve dar um grande salto neste ano.

Sauber: o time de Felipe Nasr promete um conceito completamente diferente para o carro de 2016. O modelo anterior tinha problemas de falta de pressão aerodinâmica e tração, especialmente na traseira, e de superaquecimento de freios.

Force India, Renault, Toro Rosso e Manor: Um bico mais fino e curto é algo que também deve ser visto no novo Force India. Na Renault, como a compra pelos franceses foi finalizada apenas em dezembro, não são esperadas muitas mudanças, até porque faltou dinheiro para o desenvolvimento. O desafio é adaptar o projeto para usar o motor Renault pois, em 2015, a Lotus era cliente da Mercedes. É a mesma tarefa da Toro Rosso, que vai mudar da Renault para o Ferrari, e da Manor, que trocará o motor Ferrari pelo Mercedes.

Fonte: UOL

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