Câmara tem debate sobre 'cunhofobia' e 'cunhofilia'
- infodiario
- 28 de abr. de 2016
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Defensores e críticos do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) abriram uma nova frente de confronto na tarde desta quarta-feira (27), desta vez no campo do neologismo.
Em meio aos sucessivos pedidos de afastamento do presidente da Câmara, seus partidários denunciaram no plenário a existência da 'cunhofobia' —ou seja, uma insistente aversão ao peemedebista, réu no Supremo Tribunal Federal sob a acusação de integrar o petrolão.
De imediato, adversários chamaram a atenção para outra suposta patologia entre os deputados, a "cunhofilia", formada por aqueles que ainda dão sustentação ao parlamentar apesar das suspeitas que pesam contra ele.
Coube ao deputado Carlos Marun (PMDB-MS) apontar a existência dos 'cunhófobos', que na definição dele atribuem a Cunha todo e qualquer mal ou manobra. "Desencanem", apelou.
Chico Alencar (PSOL-RJ) não negou a 'cunhofobia', mas apontou imediatamente o dedo aos "cunhofilistas', que segundo ele curvam a espinha dorsal a Cunha em agradecimento à aprovação da autorização para a abertura do impeachment contra Dilma Rousseff.
Como de hábito, o presidente da Câmara assistiu a todo o debate na Mesa do plenário, sem se manifestar sobre o tema.
MANOBRA
O debate se deu em votação de um projeto que altera a configuração partidária das comissões da Câmara. Mais uma vez, adversários de Cunha apontaram uma manobra do peemedebista para se beneficiar no seu processo de cassação no Conselho de Ética.
O projeto determina que, na ausência dos titulares, o suplente com direito a voto deve ser do mesmo partido do titular. Hoje, o voto cabe ao primeiro suplente do bloco partidário.
No Conselho, a ausência de deputados favoráveis a Cunha já resultou em votos de suplentes contrários a ele, que eram de partidos distintos do titular.
Aberta a votação, Cunha e seus aliados perderam por 256 votos a 153. Manteve-se a regra atual.
Fonte: Folha de São Paulo
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